Direito Criminal

Receber uma acusação criminal ou ver alguém próximo passar por isso é uma experiência desagradável. O medo, a confusão e a incerteza sobre os próximos passos são sentimentais reais e imediatos. É em meio a esse turbilhão que a informação correta e a orientação segura se tornam suas maiores aliadas. O sistema de justiça tem suas próprias regras e linguagem, e tentar navegar por ele sozinho é um risco que pode custar a liberdade.

Nossa missão aqui é traduzir o "juridiquês" e iluminar o caminho. Especialmente quando o assunto é o Tribunal do Júri — responsável por julgar os crimes mais graves, como o homicídio —, cada detalhe do processo importa. A defesa não é apenas uma formalidade; é um direito sagrado que, quando bem exercido, equilibra a balança da justiça. Este guia foi criado para ser o seu primeiro ponto de apoio, oferecendo respostas claras para as dúvidas mais urgentes e mostrando a importância de uma ação estratégica desde o primeiro minuto.

Para trazer luz a essas questões imediatas e fornecer a direção que você precisa neste momento, elaboramos o guia a seguir. Ele funciona como um mapa dos pontos mais críticos do processo criminal, abordando as dúvidas que surgem desde o momento da prisão até um eventual recurso. Entenda cada resposta como um passo importante para retomar o controle da situação e compreender a jornada que tem pela frente.

1. Fui preso em flagrante, quais os primeiros passos?

  • A primeira atitude é exercer seu direito constitucional de ficar em silêncio e exigir um advogado criminalista. O que você disser na delegacia pode impactar todo o processo, portanto, a presença de um especialista desde o início é fundamental para construir uma defesa sólida.

2. O que é a audiência de custódia e como ela me afeta?

  • É sua apresentação a um juiz em até 24 horas. Nela, o seu advogado argumentará pela sua liberdade, demonstrando que não há motivos para a prisão preventiva. Uma boa atuação aqui é a chave para responder ao processo em liberdade.

3. Por que contratar um advogado especialista no início do processo?

  • A fase inicial é decisiva para o resultado. Um advogado especialista em direito criminal atua imediatamente na coleta de provas, na estratégia de defesa e nos pedidos de liberdade, evitando que a acusação se fortaleça sem o devido contraditório.

4. Quais crimes levam a julgamento pelo Tribunal do Júri?

  • O júri julga crimes dolosos contra a vida, como homicídio (tentado ou consumado), e crimes relacionados, como o aborto provocado por terceiro. São processos complexos que requerem uma defesa especializada na dinâmica do plenário.

5. Como funciona um processo que vai a júri?

  • Ele é dividido em duas fases. A primeira é uma análise técnica por um juiz, que filtra a acusação. Se admitida, a segunda fase é o julgamento em plenário, onde a defesa e a acusação debatem o caso perante sete jurados que darão o veredito final.

6. Se meu caso foi para o júri (pronúncia), a situação piorou?

  • Não significa uma pré-condenação. A pronúncia apenas confirma que há indícios mínimos a serem debatidos. É no plenário do júri que a defesa terá a oportunidade de apresentar sua tese, questionar provas e buscar a absolvição perante os jurados.

7. Responder ao processo em liberdade é um direito?

  • Sim, responder em liberdade é a regra. A prisão preventiva é uma medida excepcional e só pode ser mantida se a acusação provar sua necessidade. A defesa técnica atua para demonstrar a ausência desses requisitos e garantir seu direito.

8. Quais meus direitos fundamentais como réu?

  • Seus direitos incluem a presunção de inocência (você é inocente até que se prove o contrário), o direito de não produzir provas contra si (silêncio) e a ampla defesa, que é o direito de ter um advogado defendendo ativamente seus interesses em todas as fases.

9. O que a defesa faz por mim em um processo do júri?

  • A defesa técnica é sua voz e sua arma. Ela analisa o processo em busca de nulidades, contesta as provas da acusação, prepara uma tese de defesa (negativa de autoria, legítima defesa, etc.) e a sustenta no plenário para convencer os jurados de sua inocência ou de uma pena mais justa.

10. Fui condenado no júri. O que acontece agora?

  • A condenação não é o fim da linha. A defesa pode entrar com um Recurso de Apelação para o Tribunal de Justiça. O objetivo é buscar a anulação do julgamento, por exemplo, se a decisão dos jurados for contrária às provas, ou a redução da pena aplicada.

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